Três dias após explosão de aterro, lixo se acumula em cidades da Grande SP
Local foi interditado após desmoronamento de toneladas de detritos.
Prefeituras aguardam indicação da Cetesb para descartar lixo acumulado.
Não apenas quem vive nas proximidades do aterro Pajoan, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, sofre com os efeitos da explosão que causou o desmoronamento de milhares de toneladas de lixo e terra e o vazamento de chorume no local ocorrida nesta segunda-feira (25). Com a interdição do aterro pela prefeitura e pela Justiça, a coleta de lixo foi afetada em oito cidades da região do Alto Tietê. Em algumas delas, há sacos e mais sacos de lixo empilhados pelas ruas.
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A situação mais crítica ocorre em Itaquaquecetuba. Na manhã desta quinta-feira (28), em diversas ruas da cidade era possível ver pilhas de sacos de lixo. Nas áreas mais comerciais, eles foram acomodados em montes nas esquinas e em praças. Nas ruas residenciais, estavam na porta das casas ou empilhados em terrenos vazios, ao lado de muros.
No Centro, funcionários de estabelecimentos comerciais contaram que a última coleta foi feita na terça-feira (26). Algumas pessoas nem sabiam que o problema era decorrente da explosão no aterro.
“A gente achou que ia ser só um dia sem recolherem. Acho que a maioria das pessoas não está antenada. Achei que era greve de lixeiros”, contou Cleide Nunes, de 47 anos, funcionária de uma loja na região. “Normalmente, o lixeiro passa todos os dias. Agora todo mundo da rua está concentrando os sacos em alguns pontos. Se tivesse na época de chuvas ia ser pior ainda, a enxurrada ia levar o lixo.”
No bairro Santa Helena, moradores contaram que já na segunda-feira o caminhão de lixo não apareceu. Quase todas as casas têm sacos de lixo na porta, e quem vive por ali faz o que pode para evitar problemas com animais e com o mau cheiro. “Já coloquei fogo em parte do lixo, em uns papéis. Fica muito feio, junta mosca, vem rato, os cachorros rasgam tudo”, contou o pedreiro Eucias Coutinho, de 53 anos.
No Centro, funcionários de estabelecimentos comerciais contaram que a última coleta foi feita na terça-feira (26). Algumas pessoas nem sabiam que o problema era decorrente da explosão no aterro.
“A gente achou que ia ser só um dia sem recolherem. Acho que a maioria das pessoas não está antenada. Achei que era greve de lixeiros”, contou Cleide Nunes, de 47 anos, funcionária de uma loja na região. “Normalmente, o lixeiro passa todos os dias. Agora todo mundo da rua está concentrando os sacos em alguns pontos. Se tivesse na época de chuvas ia ser pior ainda, a enxurrada ia levar o lixo.”
No bairro Santa Helena, moradores contaram que já na segunda-feira o caminhão de lixo não apareceu. Quase todas as casas têm sacos de lixo na porta, e quem vive por ali faz o que pode para evitar problemas com animais e com o mau cheiro. “Já coloquei fogo em parte do lixo, em uns papéis. Fica muito feio, junta mosca, vem rato, os cachorros rasgam tudo”, contou o pedreiro Eucias Coutinho, de 53 anos.
Os sacos de lixo da casa dele estavam todos presos sobre uma mureta, para evitar a ação dos cachorros. Sua vizinha, a doméstica Elza de Oliveira Rodrigues, de 50 anos, deixava os sacos dentro de sua garagem para não ter o mesmo problema. “Estou deixando dentro de casa, arrumando no quintal, para ver o que vou fazer. Na rua os cachorros atacam”, contou a mulher.
Em Poá, cidade vizinha, ruas residenciais também tinham pilhas de sacos de lixo em alguns pontos. Segundo os moradores, a última coleta foi na terça. “Contaram que estão guardando o lixo nos caminhões de coleta, por isso não vieram buscar mais”, contou a professora Carmem Ferreira, de 38 anos. No centro comercial da cidade, as ruas estavam limpas e não havia problemas.
A equipe de reportagem do G1 também foi até Suzano, na mesma região. No município, entretanto, não havia sinais de problemas – segundo moradores, a coleta de lixo foi feita nesta manhã.
Até a noite desta quarta-feira (27) apenas as cidades de Mogi das Cruzes e Arujá haviam recebido da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) autorização para levarem o lixo recolhido em suas ruas para outro aterro, em Santa Izabel.
Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Poá e Suzano haviam feito o mesmo pedido, mas aguardavam uma decisão da Cetesb para esta quinta. Birirtiba-Mirim e Salesópolis não havia apresentando nenhum plano. Na manhã desta quinta, a Cetesb ainda não tinha atualização sobre as autorizações para as cidades.
Em Poá, cidade vizinha, ruas residenciais também tinham pilhas de sacos de lixo em alguns pontos. Segundo os moradores, a última coleta foi na terça. “Contaram que estão guardando o lixo nos caminhões de coleta, por isso não vieram buscar mais”, contou a professora Carmem Ferreira, de 38 anos. No centro comercial da cidade, as ruas estavam limpas e não havia problemas.
A equipe de reportagem do G1 também foi até Suzano, na mesma região. No município, entretanto, não havia sinais de problemas – segundo moradores, a coleta de lixo foi feita nesta manhã.
Até a noite desta quarta-feira (27) apenas as cidades de Mogi das Cruzes e Arujá haviam recebido da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) autorização para levarem o lixo recolhido em suas ruas para outro aterro, em Santa Izabel.
Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Poá e Suzano haviam feito o mesmo pedido, mas aguardavam uma decisão da Cetesb para esta quinta. Birirtiba-Mirim e Salesópolis não havia apresentando nenhum plano. Na manhã desta quinta, a Cetesb ainda não tinha atualização sobre as autorizações para as cidades.
A Prefeitura de Itaquaquecetuba informou que o secretário de Meio Ambiente do município estava reunido com a Cetesb na manhã desta quinta-feira para saber para onde o lixo da cidade poderá ser encaminhado. Apenas após essa indicação a coleta será retomada, o que pode acontecer ainda nesta quinta.
Já o secretário de Serviços Urbanos de Poá, Carlos Tavares de Lima, informou que a empresa responsável pela coleta está armazenando o lixos em seus veículos. “Estamos com poucos caminhões nas ruas, mas eles estão recolhendo”, afirmou. A prefeitura também aguarda uma indicação da Cetesb para onde o lixo poderá ser levado.
Interdição
A Justiça determinou nesta quarta a interdição do aterro Pajoan – o local já estava sem funcionar desde segunda, devido decisão da Prefeitura de Itaquaquecetuba. A 1ª Vara Cível da cidade também determinou que o chorume localizado na área do aterro e que vazou para o Córrego Taboãozinho seja retirado em um prazo de cinco dias, assim como a liberação da Estrada do Ribeiro, que teve cerca de 300 metros soterrados pela montanha de terra e lixo.
Caso isso não seja cumprido, a empresa terá que pagar multa de R$ 200 mil por dia. Os representantes da empresa ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
Já o secretário de Serviços Urbanos de Poá, Carlos Tavares de Lima, informou que a empresa responsável pela coleta está armazenando o lixos em seus veículos. “Estamos com poucos caminhões nas ruas, mas eles estão recolhendo”, afirmou. A prefeitura também aguarda uma indicação da Cetesb para onde o lixo poderá ser levado.
Interdição
A Justiça determinou nesta quarta a interdição do aterro Pajoan – o local já estava sem funcionar desde segunda, devido decisão da Prefeitura de Itaquaquecetuba. A 1ª Vara Cível da cidade também determinou que o chorume localizado na área do aterro e que vazou para o Córrego Taboãozinho seja retirado em um prazo de cinco dias, assim como a liberação da Estrada do Ribeiro, que teve cerca de 300 metros soterrados pela montanha de terra e lixo.
Caso isso não seja cumprido, a empresa terá que pagar multa de R$ 200 mil por dia. Os representantes da empresa ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
Também nesta quarta, em reunião na capital paulista, a Pajoan apresentou um plano emergencial para a contenção do chorume e a abertura de uma passagem para pedestres onde o lixo cedeu.
Desde segunda, equipes da Defesa Civil, bombeiros e da própria empresa trabalham na retirada dos resíduos. Bombeiros e Defesa Civil também fazem buscas por possíveis desaparecidos – testemunhas disseram que dois veículos desapareceram após o acidente.
Segundo o coordenador da Defesa Civil da cidade, Antônio Carlos Orlando, ainda não há nenhuma pista sobre as supostas vítimas. As buscas foram retomadas às 6h desta quinta. O órgão está consultando registros policiais a cada cinco horas em busca de algum registro de pessoa desaparecida, o que ainda não ocorreu.
Desde segunda, equipes da Defesa Civil, bombeiros e da própria empresa trabalham na retirada dos resíduos. Bombeiros e Defesa Civil também fazem buscas por possíveis desaparecidos – testemunhas disseram que dois veículos desapareceram após o acidente.
Segundo o coordenador da Defesa Civil da cidade, Antônio Carlos Orlando, ainda não há nenhuma pista sobre as supostas vítimas. As buscas foram retomadas às 6h desta quinta. O órgão está consultando registros policiais a cada cinco horas em busca de algum registro de pessoa desaparecida, o que ainda não ocorreu.
fonte: globo.com